Se o ano passado foi difícil para muitos, 2016 começa trazendo um cenário de destruição e desolação
em diversos bairros de Poá. Em termos de perdas, já é possível afirmar que a cidade sofreu neste sábado (09) o pior alagamento da história. Famílias perderam bens, comerciantes tiveram prejuízos nas mercadorias e a infraestrutura pública de praças, calçadas e muretas foi toda abalada na região central. De início, já afirmamos: a chuva foi muito forte mas as perdas (e o sofrimento) poderiam ser minimizados.
em diversos bairros de Poá. Em termos de perdas, já é possível afirmar que a cidade sofreu neste sábado (09) o pior alagamento da história. Famílias perderam bens, comerciantes tiveram prejuízos nas mercadorias e a infraestrutura pública de praças, calçadas e muretas foi toda abalada na região central. De início, já afirmamos: a chuva foi muito forte mas as perdas (e o sofrimento) poderiam ser minimizados.
Em um balanço parcial, obtido pelo Jornal Plural, 120 famílias foram afetadas diretamente. Duas estão desabrigadas e quatro residências ruíram com o deslizamento de terra. O número é apenas parcial, uma vez que milhares de pessoas foram prejudicadas com o transbordamento de rios e córregos da cidade.
A chuva realmente foi forte. "Segundo informou a Secretaria de Segurança Urbana, choveu 86,2 milímetros em pouco mais de uma hora. Só para se ter uma ideia, o volume de água é o equivalente a um terço do previsto para chover em todas as represas do Sistema Alto Tietê". Vale lembrar que centenas de casas e comércios foram construídos ao redor do Rio Itaim e, em épocas de cheias, inundações e alagamentos, rio transborda ocupando o seu entorno.
Mas, diante desta realidade, quanto menor poderia ser o impacto e o prejuízo? Não faltam exemplos de ações do poder público que poderiam ser tomadas:

- Onde está o plano de emergência da Defesa Civil ou o grupo de crise? Por que mesmo com a possibilidade de previsão de chuvas, a prefeitura não colocou sua equipe para atuar? As sirenes que foram implantadas há alguns anos funcionaram? Por que ruas não foram fechadas, carros guinchados e os comerciantes avisados antes de a água subir ? Por quê? Por quê?
- Onde estão aqueles planos de abrirem um canal paralelo ao Rio Itaim ou mesmo reabri-lo? Nada disso foi colocado em prática.
- Por que a administração não reabriu o Rio Tucunduva, conforme prometera? Por que não se mexe com interesses de comerciantes e influentes políticos? Seria essa a causa?
- Por que não há uma equipe preparada para atuar em emergências? O blog apurou que as equipes da Secretaria de Segurança não estavam dando conta de tanta demanda. Para se ter ideia, não havia atendimento de plantão na Assistência Social.
São muitas questões agora e, como de costume, pouco será feito. 24 horas após o alagamento, o Prefeito Marcos Borges (PPS) sequer emitiu uma nota oficial. Daqui a pouco, oferecem um aluguel social aqui e outra mísera indenização ali. Mas resoluções dos problemas, ou ao menos um planejamento decente de redução de danos, nunca saíra do papel enquanto a cidade continuar com políticos descompromissados em pensar uma cidade para o futuro.
Histórico
Fotos: Delcimar Ferreira/Jornal Plural