Novamente, sem qualquer debate antecipado acerca da política salarial na administração pública, a Câmara de Vereadores aprovou na última terça-feira, dia 3, reajuste de apenas 5,85% aos servidores públicos municipais do executivo e legislativo. O índice impressiona quando se compara ao aumento concedido aos políticos. Em fevereiro, eles reajustaram o salário de quem for eleito em quase 80% .
Como naquela ocasião, os projetos de lei foram colocados em pauta sem uma discussão pública necessária nesses casos. Desta vez, o documento foi encaminhado pelo Prefeito Testinha (PDT). O que preocupa são os argumentos utilizados para que fosse votado, em um único dia, em sessões ordinária e extraordinária. Ou agiram de má-fé, mentindo, ou o fizeram por ignorância da lei.
Vamos além, o valor aprovado de 5,85% é menor ainda que a inflação de 2011, que esteve no teto da meta em 6,5%. Ou seja, os políticos não quiseram nem recompor a perda de valor dos salários dos servidores da cidade. Apenas Azuir Cavalcante (PTB) votou contra esse índice.
A que se deve a falta de debate de assuntos tão importantes? Medo da repercussão pública como foi no caso de aumentarem os salários de políticos? Qualquer que seja o motivo, está clara a falta de compromisso em fazer o trabalho de forma conjunta com a população. A prefeitura e a câmara trabalham lado a lado, desconectados dos cidadãos. E pior, lançam argumentos falhos para que o cidadão não seja corretamente informado. Nesse caso, servidores, concursados, continuarão com um dos menores salários pagos em todo o Alto Tietê. Eles, políticos, ano que vem terão um dos maiores do país.
Por Leandro de Jesus
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