
Os questionamentos à realização da festa tem sido difundidos pelas redes sociais. Muitos dos que exploram o tema são políticos que já exerceram mandatos ou funções comissionadas na prefeitura. Alguns destes serão candidatos em 2012 e gozam de condições para assistir shows pagos em casas de espetáculo. Apesar da experiência administrativa, pensam de forma conservadora, retrógrada, com intuito de atacar a festa e até mesmo propõem o fim dela.
É fato que houve uma correria da organização para que o evento ocorresse no novo Centro de Convenções. Ainda inacabado, serviu de palco para a festa. Ainda que tenha falhas, a estrutura esteve melhor edificada que em anos anteriores.
Houve contudo sugestões de toda monta: fim da festa; não contratação de artistas famosos ou mudança do gênero musical; impedir a visita de cidadãos de outras cidades; cobrança de ingresso; transferência do local de shows, tudo isso recheado do mais puro pessimismo em relação ao sucesso do evento. No meios das críticas, apontou-se o vandalismo ocorrido na avenida 9 de julho, a venda de bebidas a menores e o uso de drogas pelos jovens.
Diante de problemas e erros, os que pensam numa cidade melhor, trabalham com proposições no sentido de melhorar e organizar. Grande parte destes críticos, porém, parecem padecer da "síndrome do pensar pequeno", sintoma daqueles que querem acabar ou restringir o entretenimento popular. Agem numa politicália, no intuito de alcançar alguns minutos de fama, pois nunca se dispuseram a fazer um debate público sobre uma festa melhor quando estiveram no poder.
Se em São Paulo pensassem dessa forma, hoje não mais existiria o Réveillon da Paulista ou a Virada Cultural, festas que sofreram com vandalismos em suas primeiras edições. Houve reparo nos erros e hoje elas são dois grandes eventos da cidade e recebem milhares de visitantes.
Assim se deve pensar em Poá. Houve falha da segurança e isso permitiu violência em algumas ruas e de fiscalização deixando livre venda de bebidas alcoólicas a menores. O trânsito e shows depois das 22h perturbaram a vizinhança. Entendendo, no entanto, que a festa é um entretenimento popular gratuito e faz parte da política de lazer numa cidade, deve-se pensar em melhorar e não destruir.
Está na hora de o Poder Público chamar a sociedade para debater as festas da cidade. Não só a EXPOÁ, mas todas as grandes que ocorrem no município precisam ser discutidas e melhoradas. Se houver um dialogo maduro para corrigir erros e apontar caminhos da melhoria, todos tem a ganhar. Se erros continuarem, o espaço estará aberto aos retrógrados que não suportam o povo numa festa popular.
Por Leandro de Jesus
1 comentários:
E assim seguimos.
Sem novidade sem perspectivas, dois mil e doze chegando e a incerteza paira sobre nossas cabeças!
-Será que novos dias virão, ou vamos continuar a ver e ouvir as mesmas promessas vazias?
O povo de Poá tem que acordar principalmente os jovens!
A vida não é só “novelas e series adolescentes”, Existe um mundo além das telas que tem a necessidade de novos rumos, rumos menos nebulosos.
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